Revista 2016 Número 2

O espanto e a curiosidade são, ao mesmo tempo, bênção e maldição. Nenhum animal se pergunta por que está vivo, nem o que está fazendo aqui embaixo. O homem, por sua vez, vive buscando e não para de procurar. E, quanto mais cava, mais ele domina seu mundo e a matéria. Mas, será que ele domina as profundezas de seu espírito tanto quanto seu mundo exterior? Apesar de tudo, a busca interior é prodigiosa. Quando nos observamos com sutileza, percebemos aspectos terríveis de nós mesmos, ao lado de matizes cintilantes de amor e bondade. Para perscrutar as profundezas do ser é preciso uma curiosidade determinada e um anseio verdadeiro.

Qual é a causa de uma vida consciente? Seria a fome, a vontade de comer? Seria a necessidade de preservar nosso clã, nossa família, nosso círculo? Ou poderia ser a busca por emoções, afetos e por tudo o que nos tornou inteligentes e complexos?

Ou será algo totalmente diferente? Uma brisa fresca, uma gota de orvalho ao amanhecer ou algo indizível, que não conseguimos definir… e que nos fez sentir o impulso de colecionar rosas, em serviço à humanidade? Será que vocês também colecionaram um buquê de ações reais e aprenderam a verdade do provérbio que diz, assim como na canção de Gilbert Bécaud: “O importante é a rosa!”?

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